Publicado em: 18/06/2021 20:17:20
Comitê consultivo da UNIR reitera que medidas preventivas são necessárias mesmo após vacinação
Mesmo após a vacinação, o uso de máscaras, a higienização das mãos e distanciamento social continuam sendo medidas importantes de combate e enfrentamento à Covid-19. Esta é a orientação que tem sido adotada pela UNIR, através do Comitê Consultivo da universidade, e seguirá deste modo. Isso porque, no Brasil, todos os índices da pandemia (número de casos, internações e mortes) continuam altos. Por outro lado, aquele que deveria avançar mais rapidamente, o índice de vacinação, está abaixo do esperado. Até agora, em cinco meses de vacinação no país, desde 17 de janeiro, pouco mais de 11% da população brasileira foi vacinada com as duas doses necessárias para a efetiva proteção.
Neste contexto Rondônia está entre os três estados que, proporcionalmente, menos vacinaram sua população contra a Covid-19 – com índices menores estão o Acre e Amapá. O total de doses aplicadas até agora (dia 14 de junho) em todo o estado é de 477.802, sendo que 338.017 pessoas receberam somente a primeira dose, e 139.785 pessoas foram imunizadas com as duas doses necessárias, conforme dados do Boletim 450/2021 do Governo Estadual. Isso significa que somente 7,78% da população de Rondônia recebeu as duas doses para imunização contra a Covid-19.
O comitê consultivo da UNIR sobre o coronavírus definiu, como índice seguro para o retorno presencial das atividades acadêmicas da universidade, que pelo menos 70% da população de Rondônia esteja imunizada. Além disso será necessário avaliar os índices de contaminação, ocupação de leitos hospitalares e a taxa de mortalidade, quando o estado atingir o nível de vacinação esperado.
O vice-reitor da UNIR e presidente do comitê consultivo, professor José Juliano Cedaro, destaca que a vacinação precisa ser pensada do ponto de vista coletivo porque a vacina “é uma garantia maior para não adoecer por Covid-19, sobretudo de forma grave, mas, até onde se sabe, não impede a circulação do vírus. E quanto mais o vírus circula, mais pode sofrer mutações e aumentar o risco de surgirem novas cepas, causando mais um recrudescimento da crise sanitária, pois uma nova variante pode tornar versões do vírus resistente às atuais vacinas, jogando por terra os pequenos avanços que tivemos até então”.
Predições
Na “Predição do comportamento da pandemia da Covid-19, Rondônia, 14 a 20 de junho de 2021”*, os professores e pesquisadores da UNIR Ana Lúcia Escobar, do Departamento de Medicina, e Tomás Daniel Menendez Rodriguez, do Departamento de Matemática, ressaltam que os números de novos casos e óbitos continuam elevados no estado, demandando atenção e cuidado, “pois o aumento contínuo do número de casos implicará, muito provavelmente, no aumento do número de óbitos nas semanas seguintes”.
Por esse motivo, “é importante que tanto o Governo do Estado e dos municípios, assim como a população em geral, mantenham as medidas de prevenção, mesmo com a diminuição da média móvel de óbitos das últimas semanas. Ainda são valores altos e segue a ameaça da ocorrência da ‘terceira onda’ no país. Deve-se atentar que nas duas ocasiões anteriores, os aumentos chegaram no Estado com duas ou três semanas após o início no sudeste do país. É preciso manter as medidas de higiene e isolamento social, que inclui o uso de máscaras em todos os lugares públicos. E estas medidas ainda independem da situação vacinal individual, dado o desempenho pífio da vacinação no Estado”, como consta no documento preparado pelos pesquisadores.
Em abril, os epidemiologistas da UNIR estimavam para a data de 10 de junho cerca de 300 mil casos confirmados e 6.000 mortes. No último boletim da Covid-19 divulgado pelo Governo do Estado (nº 450/2021 de 13 junho), Rondônia já alcançava a lamentável marca de 238.112 casos confirmados desde o início da pandemia e 5.916 mortos no total.
Fonte: https://www.unir.br/index.php?pag=noticias&id=29333