Publicado em: 05/02/2022 08:07:39
Comissão para Estudo e Elaboração de Proposta de Exigência de Comprovação de Vacinação Contra Covid-19 para Acesso às Unidades da UNIR
A Reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) nomeou nesta semana os membros da Comissão para Estudo e Elaboração de Proposta de Exigência de Comprovação de Vacinação Contra Covid-19 para Acesso às Unidades da UNIR (Portaria 069/2021/GR/UNIR). A medida é parte das ações que preparam a universidade para o retorno às atividades presenciais, tema que será deliberado pelos Conselhos Superiores. De acordo com a reitora, professora Marcele Pereira, a prioridade é garantir a segurança da comunidade acadêmica, ao mesmo tempo em que se busca garantir a qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Por isso estamos nos preparando, com muito cuidado e a partir de dados e orientações do nosso comitê interno sobre o coronavírus, para retornar à presencialidade assim que for possível. E para isso todas as medidas de segurança devem ser adotadas”, esclarece a reitora.
A comissão que irá analisar e apresentar uma proposta sobre a adoção da comprovação vacinal, instalada nesta quinta-feira, dia 03, é composta pela professora Vivian Canizares, do Departamento de Medicina, professor Marcus Xavier de Oliveira, do Departamento de Direito (Porto Velho), e pela professora Neiva Araújo, pró-reitora de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (Procea). Entre os dados disponíveis para o trabalho da comissão está o acompanhamento que tem sido realizado pelo Comitê Interno da UNIR para Covid-19, que semanalmente atualiza a situação da pandemia junto à comunidade acadêmica, e analisa o cenário estadual e nacional.
Cenário da pandemia na UNIR – Desde o início da pandemia a Universidade Federal de Rondônia tem mantido atenta vigilância sobre as condições sanitárias nas regiões onde estão instaladas as suas unidades, em todo o estado de Rondônia, e se preparado para a retomada das atividades presenciais quando houver condições para isso. Semanalmente os dados referentes à comunidade acadêmica são atualizados pelo Comitê sobre o Coronavírus, e os parâmetros presentes no Plano de Biossegurança são utilizados para indicar qual fase de segurança em que cada campi se encontra. Como explica a reitora, professora Marcele Pereira, a atenção contínua é necessária para garantir que as decisões sejam adequadas à real situação vivenciada. “Nossa maior preocupação é aliar a segurança dos servidores e dos alunos à qualidade das atividades acadêmicas, e os parâmetros e condições para isso estão expressos nos protocolos e ações da universidade. Isso será constante enquanto perdurar a pandemia”, garante a reitora.
Considerando o cenário da pandemia em Rondônia até o dia 30 de janeiro, todos os oito campi da UNIR está na Fase 1, a mais restritiva entre as quatro previstas no Plano de Biossegurança, quando todas as atividades devem estar de modo remoto. A retomada das aulas no dia 31 de janeiro, após recesso acadêmico, aconteceu no modo remoto, como já ocorriam no ano passado. As atividades administrativas, que estavam retornando de modo gradual à presencialidade, também voltaram ao trabalho remoto para garantir a segurança dos servidores. “Este movimento é resultado do protocolo já aprovado pela UNIR, que prevê maior restrição de circulação de pessoas nos espaços da universidade quando o cenário da pandemia piora, sempre com o objetivo de preservar a saúde da nossa comunidade”, esclarece a reitora Marcele Pereira.
Esta atenção constante é fundamental, considerando-se o saldo de dois anos de pandemia para a UNIR. Desde março de 2020 cerca de 10% dos 9,6 mil alunos da universidade confirmaram terem sido contaminados, e pelo menos 35% dos 1,2 mil servidores tiveram Covid-19, segundo dados apurados pelo Comitê. Até o mês de janeiro de 2022 foram registrados 28 óbitos entre servidores e alunos da UNIR, dois deles nos últimos 30 dias, após o início de nova onda de contaminação.
Projeção da pandemia e vacinação – Uma das ações é a predição semanal feita por pesquisadores acerca do cenário da doença em Rondônia, considerando os dados disponíveis. As projeções feitas pela professora Ana Escobar e pelo professor Tomás Menendez Rodriguez apontam para um cenário de crescimento do número de casos e do índice de contaminação nas próximas semanas, o que reforça a necessidade de proteção da comunidade acadêmica, tanto pela prevenção através do distanciamento, como pela imunização vacinal.
De acordo com a pesquisadora Ana Escobar, o foco principal para a prevenção à Covid-19 deve estar na vacinação, especialmente considerando o levado patamar de contaminação em curso, quando muitas das pessoas sequer sabe que está contaminada. “Para que a retomada das atividades na universidade seja próxima à normalidade, é fundamental que tenhamos certeza que estamos convivendo com pessoal vacinadas”, explica a pesquisadora. Ana Escobar acrescenta que o índice de vacinação em Rondônia ainda é relativamente baixo diante: “O índice considerado adequado é 80%, e em Rondônia 63% da população tem o esquema vacinal completo”.
O presidente do Comitê sobre Covid-19 na UNIR, professor Juliano Cedaro, também destaca a necessidade da vacinação da comunidade acadêmica, assim como as demais medidas de prevenção que têm sido adotadas, além daquelas que devem ser observadas quando da retomada das atividades presenciais: “A UNIR está se preparando com material de orientação para todas as unidades, e com a aquisição de material de higiene e equipamentos, como máscaras e face shilds. Ao longo das próximas semanas as unidades passarão a receber estes materiais, e vamos reavaliar constantemente o cenário para que as melhores decisões sejam tomadas”, finalizou.
Fonte: UNIR